Kombi Tanque: obra de arte ou insanidade temporária?
Toda forma de arte transcende a experiência humana, eleva seus espectadores a um estado superior de consciência, como a glória da Capela Sistina ou o olhar da Mona Lisa, para citarmos apenas dois exemplos. E já que citamos duas obras-primas, o que dizer sobre a espantosa Kombi que ilustra esta matéria, à venda na Califórnia, que desperta os mais curiosos comentários por onde passa, com reações de amor e ódio. E mesmo que os detratores insistam em alvejar a nobre criação com adjetivos insolentes, não podemos negar que trata-se de uma pequena obra de arte, apesar da aparência estranha.
A parte superior da Kombi foi rebitada sobre um tanque M29 Weasel 1945, um veículo militar concebido para percorrer trechos de neve, lama e pequenos obstáculos, como valas e barreiras. A fusão entre os dois veículos parece apressada, mal concebida, mas absolutamente brilhante pela inovação.
É feio, há ferrugem, há fios não blindados, há nítidas marcas de rebite em toda parte. E a coisa toda ainda recebeu uma pintura (?) camuflada. Por dentro, a curiosidade maior é um extintor de incêndio literalmente jogado na frente do painel, se realmente funciona é questionável. A direção, se é que podemos assim chamar, é feita através de duas hastes, comprovando que toda a mecânica do veículo militar foi mantida.
O Weasel M29 foi construído pela Studebaker para o serviço na Segunda Guerra Mundial, com um motor 6 cilindros de 70 cv. Ele carrega 35 litros de combustível e atinge velocidade máxima de 60 km/h e ainda flutua na água. O valor dessa "simbiose" mecânica não foi divulgado, mas será que dá para colocar preço na arte?
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