sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

>>> SINAIS DA IDADE


Kombi 1975 de estilo Rat Hod

Para o analista de marketing Regis Marcolongo, não basta ser um fã incondicional da Kombi. Dono de três desses Volkswagen (um de 1972 e dois de 1975), ele diz que é preciso deixar a “perua” o mais original possível, o que inclui preservar ferrugem e falhas na pintura. Não se trata de desleixo, mas sim do gosto pelo chamado estilo Rat Hod, expressão criada nos EUA para definir veículos que tiveram peças não essenciais removidas.
 
 
“Comprei esse carro no ano passado. Ele estava totalmente original, mas a estética já é do tipo Rat. Fiz algumas melhorias na parte mecânica para poder usá-lo no dia a dia e, na parte visual, optei por manter os sinais da idade”, brinca. A Kombi, que recebeu o apelido carinhoso de Gertrudes, pertencia a um amigo de Marcolongo. Ele conta que a negociação não foi fácil e levou dois meses para ser concluída. Para ficar apta ao uso diário, a van recebeu itens como cintos de segurança e novos espelhos retrovisores. A suspensão foi reparada e o motor 1.6 original passou por retífica.
 
 
A ausência de algumas peças, como o cinzeiro da porta dianteira, e os rasgos na forração de teto e portas caracterizam o modelo como Rat Hod. Assim como a presença de caveiras. O símbolo está em adesivos nas portas, no acabamento da ponta da antena e no pomo da alavanca de câmbio. “Tudo importado dos Estados Unidos”, diz o dono do Volkswagen.
 
 
Na parte traseira, sobre o motor, Marcolongo costuma levar um acervo de peças retrôs, como um rádio da década de 30, uma enceradeira e uma filmadora dos anos 80. Esse “museu” chama muito a atenção nos encontros de antigos dos quais a Kombi participa.
 
 
Aliás, nos fins de semana o analista de marketing costuma retirar os bancos traseiros do VW para facilitar o transporte das bicicletas da família. Ele conta que sua esposa, Maura, e os filhos Luana, de 18 anos, Giovanna, de 16, e Vinícius, de 11, são só alegria a bordo da Gertrudes. “No começo as meninas ficavam com vergonha de andar nesse carro, mas agora não tem mais isso, não”, brinca. A Kombi faz tanto sucesso que é comum aparecerem interessados no VW com propostas de compra. “A Gertrudes é um membro da família. Dela não me desfaço”, diz Marcolongo.

* Rafaela Borges/Jornal do Carro.

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