Empresário importa dos Estados Unidos caminhão com motor V8 18.0 de 600 cv para suas viagens de fim de semana
O empresário Luiz Loucatelli era fascinado por caminhões desde criança. Até que aos 18 anos, quando todos os seus amigos compravam automóveis, ele comprou um caminhão da Chevrolet seminovo para usar no dia a dia. Iniciava ali a sonhada profissão de caminhoneiro. "Dirigir um pesado é pura diversão. Para mim, não tem quarto tão aconchegante quanto a boleia", diz o empresário.
Em 1999, Loucatelli realizou um dos seus grandes sonhos ao comprar seu primeiro bruto antigo. Uma recompra, na verdade: "Localizei o segundo caminhão que tive na vida, um Chevrolet C60 1970. Nem pensei: fechei o negócio na hora." O reeencontro levou o empresário a frequentar eventos de veículos antigos. "Em uma dessas ocasiões, fiz amizade com um colecionador que tinha experiência em importar clássicos pesados. Foi com ele que decidi ter um Peterbilt V8, conhecido por ser um dos caminhões mais robustos e imponentes dos EUA."
Escolha feita, começava o garimpo nos Estados Unidos. Mesmo com o auxílio de colecionadores americanos, Loucatelli viu que sua própria exigência de um motor V8 dificultaria a missão. Após quase um mês de busca, ele voltou para o Brasil. "Assim que cheguei, recebi uma ligação de lá. Haviam encontrado um Peterbilt 359, de 1980. De novo, bati o martelo na hora. Paguei US$ 15000 pelo veículo e outros US$ 30000 em impostos, taxas e o frete."
Um mês depois, com o caminhão no Brasil, Loucatelli viu que o chassi estava corroído e o motor e o câmbio necessitavam de retífica. A restauração de ambos consumiu um ano e meio. "A maior parte desse tempo foi para retificar o motor, um Caterpillar V8 de 18 litros com 600 cv." Na cabine, além da reforma geral do painel, a forração do teto ganhou leds. "Utilizei mais de 700 metros de fitas de leds e cerca de 100 pequenas lâmpadas no contorno da carroceria", diz.
Após o sonho realizado, a maior diversão de Loucatelli é pegar sua esposa e o Peterbilt e viajar pelo Brasil. Mas ele não matou a velha vontade de trocar o quarto pela boleia: "Nas viagens, são tantos curiosos que não consigo dormir no caminhão".
* Isadora Carvalho/Quatro Rodas.
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