Rara VW Kombi 1950 “Barndoor” ganha customização
Preste atenção nesta Volkswagen Kombi 1950, pois ela é a definição da palavra raridade quando o assunto é automóvel. Desse ano, o primeiro da Kombi, apenas 302 desembarcaram no Brasil. Hoje, segundo André Takeda, da Restaurakar, há notícia de apenas sete delas rodando por aqui.
Um site especializado nas Kombi “Barndoor”, apelido dos modelos com esse tipo de abertura na lateral, contabiliza que só 28 delas existem ao redor do mundo. Por isso, dá para entender a polêmica que a customização de André causa. “Alguns puristas não gostam, mesmo que as linhas originais da Kombi não tenham sido atingidas. Se eu quiser, toda a personalização que está aí pode ser revertida”, explica.
O customizador já conhecia o carro há 11 anos, quando a 1950 morava no Rio de Janeiro. “O antigo dono ficou nove anos com a Kombi, mas não conseguia concluir a restauração. Fiz uma oferta e a trouxe para São Paulo em 2013”, conta André, que começou por deixar a carroceria na forma original. As Barndoor daquela época têm a testeira mais curta, diferente das Kombi que vieram depois. Outras características são o para-brisas bipartido e a testeira curta. Só a partir de 1955 é que a parte de cima ganhou a aba de ventilação.
A cor da carroceria é chamada de Dove Blue. Ela foi restaurada ao que originalmente saia de fábrica. “Dizem que na época era possível escolher entre pintura brilhante e fosca. A minha saiu assim da Alemanha”, conta André. A lateral ainda recebeu o nome da Restaurakar estilizado, pintado à mão.
Mais Forte
Quando desembarcou no Brasil, a Kombosa era fraquinha. O motor boxer quatro cilindros 1.1 rendia cerca de 25 cv. Carregada com 750 kg, capacidade máxima dela, a Kombi se arrastava nas longas jornadas de trabalho. Para resolver isso, ela recebeu novo motor.
O motor refrigerado a ar é 1.7 com carburador Empi 40 central. Já o escapamento 4 x 1 é dimensionado, com abafafador Empi. Na parte de visual, bloco e periféricos tem pintura preta. Segundo André, esta Kombi gera hoje 80 cv e torque de 12 kgfm. O câmbio é de Fusca 1.600. Esta caranga parece feliz com a força extra. Hoje ela tem vida mansa, não precisa mais trabalhar. Apenas desfila pelos encontros de Volkswagen despertando a paixão – e até inveja – dos colecionadores.
A suspensão segue os conceitos do Cal Style. Ela ficou rebaixada com uso de catraca e as bitolas foram encurtadas 5 cm em cada extremidade. Um detalhe são as mangas de eixo invertidas. As rodas de 15” tem tala 4,5” na dianteira e 6” na traseira. Elas são da Empi, réplicas das Fuchs.
Características únicas
O interior da Kombi está original. Tudo para preservar a história do clássico com “portas de celeiro” – daí o apelido de Barndoor. Se notarmos a carroceria, vamos ver outros detalhes que marcam uma Kombosa dessa época.
Além do para-brisas bipartido e testeira, as unidades de 1950 tinham vinco da calha próximo à coluna A e sulco da maçaneta mais esguio. O para-lamas dianteiro logo abaixo da porta é mais largo, existem oito aletas de refrigeração atrás e a ausência da vidro traseiro.
Outro detalhe, que até parece customização na Kombi 1950, é a ausência de para-choque traseiro. Quer um conselho, André? Não ouça os caras que reclamam das mudanças na sua Kombosa azul. Tudo que há nela é de primeira linha, sem ferir o legado da Kombi. É muito bom ver um pedaço rico da história acelerando por aí, e não enfurnado numa garagem.
* Carlos Cereijo & João Mantovani/Revista Fullpower.
Parabens.BELA KOMBI. Sou fã das custumizações simples como essa. Show
ResponderExcluirQdo era jovem (15 anos)
ResponderExcluirandei muito de Kombi no
centro de São Paulo, com
meu tio e tia.
Não era dele, ele trabalhava
no Correio de motorista, e
entregava gibis nas bancas
com a Kombi. Acho que ela era
1971.
Tá show!!!
ResponderExcluirMuito linda essa kombi,meu tio tinha uma dessa cor mod. 1975.
ResponderExcluirQual o valor de venda?
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