terça-feira, 9 de setembro de 2008

>>> CONCORRENTES DA KOMBI

Hoje, falaremos um pouco sobre a acirrada concorrência automobilística nas décadas passadas, principalmente em relação ao sucesso da Kombi nos anos 60, que despertou outras fábricas ao grande mercado para este tipo de veículo.
No final da década de 40 e início dos 50, em virtude do bom momento da economia nos EUA no pós-guerra, onde o estilo de vida americano estava em voga, as famílias americanas cresciam consideravelmente, consumindo mais e consequentemente aumentando a produção nas fábricas dos chamados "bens duráveis", como televisores, eletrodomésticos e o sonho de muitas pessoas: o automóvel! O problema é que nesta época, a maioria dos automóveis eram caros e luxuosos, e a produção de veículos mais baratos não atraía as montadoras, que deixavam em segundo plano estas versões.


Então eis que surge do outro lado do Atlântico (onde a economia se recuperava dos traumas da guerra) vários veículos onde a racionalidade era mais necessária do que luxos exacerbados, os "carros do povo", assim eram chamados. Dentre estes, a Kombi, derivando do já popular Fusca, era o carro ideal para aquelas pessoas de classe média que necessitavam de um carro que pudesse levar mais pessoas e que fosse econômico, com manutenção barata, versátil e por que não, com um belo design. Na época, muitas propagandas da VW chamavam a atenção para o modelo ser o segundo carro da família, pois Chevrolet e Ford dominavam o mercado dos carros de passeio, como station-wagons, coupés esportivos, etc.

Mas deixando um pouco da história dos EUA para os EUA, retornaremos a falar sobre a concorrência. Devido ao sucesso enorme da Kombi em vários países (inclusive no Brasil), as montadoras começaram a projetar automóveis para fazer frente a este veículo, que fazia a cabeça das pessoas e reinava absoluto no mercado. Surgiram então Chevrolet Corvair Van, em 1961, Ford Econoline (E-Series) também 1961, e Dodge A100, em 1964 para citar os mais importantes (a Fiat também tinha o seu e outras montadoras menores também).

O Corvair, denominado Greenbrier, vinha com um motor 2.4 litros de 6 cilindros e 80 cv de potência. Usando a mesma motorização do Chevy Corvair, possuía três opções de transmissão: Manual de 3 marchas, Automático de duas velocidades, ou manual de 4 velocidades e suspensão independente nas quatro rodas. Tinha acabamento mais luxuoso e era mais confortável que a KOMBI, mas mesmo assim sua produção foi encerrada em 1965, dando lugar a outros modelos mais modernos.


O Ford Econoline também tinha seus predicados, baseado no Ford Falcon, herdou muito de sua mecânica, como os motores de 6 cilindros com transmissão automática de 3 velocidades, o que gerava um bom desempenho para um veículo do seu porte. Mas como a VW derrubava um a um seus oponentes, o Econoline deixou de ser produzido em 1967, para ceder espaço ao novo Econoline, que se seguiu com esta nomenclatura até a década de 90.


E por fim, o Dodge A100, que chegou um pouquinho mais tarde, e nem por isso deixou por menos, por ser o mais "novo" da turma, apresentava um motor (entre os bancos do motorista e passageiro) mais forte, de 2.8 e101 cv, mais transmissão manual de 3 velocidades. Teve uma vida curta, sendo deixado de ser produzido em 1970.


Obviamente, todos tiveram a sua fatia de mercado, sendo produzidas várias versões, como pick-up, furgão, deluxe, inclusive, gerando uma legião de admiradores em gerações posteriores. Mas nada comparado ao sucesso do VW Bus, como era chamado a Kombi nos EUA. Alguns modelos mudaram alguns anos após o lançamento, e como todos sabemos, Ford e Chevrolet são unânimes em Pick-Ups não em utilitários (ao menos no Brasil) e é até curioso observar, que estes modelos americanos acabaram ditando regras para futuros desenhos e conceitos europeus, em se tratando de veículos utilitários, como podemos observar em veículos atuais, como a Mercedes-Benz Sprinter e Renault Master, por exemplo.

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