segunda-feira, 14 de junho de 2010

>>> PARA A FAMÍLIA

Peugeot Partner agora leva a família.
A família PSA, formada pelas marcas Peugeot e Citroën, possuía um acordo de cavalheiros na década passada, quando as chamadas multivans entraram na moda. A marca do duplo chevron atacava no mercado de passageiros com a Berlingo e a do leão cuidava de quem carregava cargas pesadas com a Partner. Hoje, a história mudou. Enquanto a Citroën ficará com carros de nicho, como o DS3, a Peugeot terá uma linha mais ampla e a Partner ganhou banco traseiro e porta-malas.


O modelo mais simples custa R$ 45.200 e vem com direção hidráulica, vidros e travas elétricos e retrovisor ao lado direito com ajuste elétrico. Curiosamente, o espelho do motorista é controlado manualmente. Quem quiser ar-condicionado, vai ter de escolher a versão Escapade, por R$ 50.600 e ainda levar adereços visuais, com barra frontal do para-choque, barras no teto, saídas de ar pintadas e bancos bordados. Os pneus são de uso misto. Por R$ 55.600, o comprador leva a Escapade Pack, que inclui freios ABS, airbag duplo, rodas de 15 polegadas e farois de neblina.

O motor já é conhecido. É o mesmo 1.6 16V de outros modelos da Peugeot e da Citroën que rende 110 cv com gasolina e 113 com álcool a 5.600 rpm. O torque máximo é de 14,2 kgfm (g) e 15,5 kgfm (a) a 4.090 giros. A única opção de câmbio é manual de cinco marchas.

Partner é Prática, Mas Acabamento é De Utilitário

Se um pai ou mãe de família quer um carro prático, a escolha pela Partner pode ser certa. O carro vem com portas traseiras corrediças dos dois lados. Acima da cabeça do motorista e do passageiro há um grande porta-objetos, como no concorrente Fiat Doblò. O console central também reserva um bom espaço atrás da longa alavanca de câmbio, mas o porta-luvas é pequeno. Quem vai atrás tem, acima das portas, uma rede para guardar pequenas coisas.


A praticidade é compensada pelo acabamento, onde faltou cuidado na escolha dos materiais plásticos. Impressiona a fragilidade da alavanca que regula em altura a coluna de direção. As portas traseiras são quase inteiras de plástico aparente. Apenas uma faixa de tecido salva e dá uma pequena impressão de requinte. O porta-malas, com 624 litros de capacidade, também é todo revestido de materiais duros, inclusive o piso. Por falar no bagageiro, a tampa é bem pesada e pode causar dificuldade para algumas pessoas, principalmente mulheres. Para fechar, ao menos, há uma alça acessível até para motoristas de altura menos privilegiada.

A versão furgão remodelada, que entra no mercado no mês que vem, faz mais juz ao acabamento espartano, principalmente na parte de trás, sem forração. O utilitário não tem janelas laterais e a porta traseira é bipartida.

Balança, Mas Não Cai

Ao volante da Partner, o motorista fica sentado em posição elevada, mas com o painel bem abaixo da sua linha de visão. O volante também fica baixo, mesmo em sua posição mais alta. Lembrar de uma van maior não é difícil. Ao fazer curvas e ganhar velocidades mais altas em rodovias também é como ser transportado para um utilitário de fato.


A Partner balança bastante, devido à sua altura, mas quando é exigida se comporta como um modelo desta categoria deve se comportar. O ânimo, no entanto, não lembra o mesmo motor em carros mais leves, como o “irmão” 207. Em subidas e ultrapassagens, a redução de marchas se faz necessária. Para a proposta, porém, o desempenho faz o suficiente.

Mercado


A Peugeot quer encarar no mercado as multivans Fiat Doblò, que custa a partir de R$ 51.530 com motor 1.4 e R$ 57.640, e Renault Kangoo, que vem somente com motor 1.6 16V e custa a partir de R$ 45.320. O objetivo, por enquanto, é vender 200 unidades por mês da versão de passageiros e 200 da furgão, que chega às lojas em julho. Em maio, o rival da Fiat teve 887 unidades vendidas na versão de passageiro e o da Renault ficou em apenas 125 emplacamentos. Na versão de carga, o Doblò teve 301 carros vendidos. Os números são da Fenabrave, que não conta os números de vendas do Kangoo Express.

* Fernando Pedroso/iCarros.

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