quinta-feira, 14 de abril de 2011

>>> BEBENDO ÁLCOOL

Agora flex, Kia Soul quer ter alma de brasileiro
A primeira característica notada ao se olhar para o crossover Kia Soul (a marca chama de hatchback e ele já foi categorizado como um SUV compacto) é o seu desenho. O "carro design", como ele foi definido em comerciais, tem visual simpático: não seria exagero dizer que, entre os carros vendidos no Brasil, o Soul e o Fiat Uno são aqueles com maior potencial de arrancar elogios como "moderno", "lindinho" e até "fofo".


Formas interessantes, o carro já possuía desde 2009, quando chegou ao Brasil. Na ocasião o modelo trazia bom pacote de equipamentos, tinha interior espaçoso -- propiciado pelos 2,55 metros de entre-eixos -- e um motor movido apenas a gasolina de 126 cavalos e 15,9 kgfm de torque, o qual, se não empolgava, pelo menos oferecia um desempenho justo ao Soul.


Mas faltava algo para o modelo cair no gosto do brasileiro, não apenas como um carro bonito de se ver, mas também como um produto com apelo real de compra: ser bicombustível. E o motor flex, capaz de ser alimentado tanto por etanol quanto por gasolina, é a grande novidade do Kia Soul 2011.

ATENDENDO A PEDIDOS

A unidade que move o Kia Soul Flex (agora o nome oficial do carro) tem quatro cilindros em linha e 1,6 litro de capacidade. O propulsor rende 126 cv com gasolina e 130 cv com etanol, ambos a 6.300 rpm. O torque teve um pequeno aumento quando o carro está abastecido com gasolina, e agora é de 16 kgfm a 4.500 rpm. Com etanol, esse valor bate nos 16,5 kgfm, disponíveis aos 5.000 rpm.


Os preços para as configurações manual e automática são de R$ 52.900 e R$ 63.900, podendo subir devido a pacotes de opcionais.


Além do motor, o modelo 2011 do Soul mudou pouco. Quase nada, para ser mais exato: as maçanetas das portas adotaram o formato de alça. A mudança foi feita em decorrência de reclamações de mulheres que, ao utilizar o sistema anterior, quebravam a unha com frequência. Além disso, o grafismo do painel de instrumentos foi alterado, para algo que pode ser classificado como mais esportivo (e menos genérico), mas que tem como efeito colateral prejudicar a leitura de informações como velocidade e rotação do motor.

* Texto: Rodrigo Lara - Fotos: Murilo Góes/Portal UOL.

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