segunda-feira, 12 de setembro de 2011

>>> LENHA NA CALDEIRA

Finlandês apresenta nova alternativa de combustível para automóveis
Batizado com o sugestivo nome de "El Kamina", a ideia é fruto de Juha Sipilä, um empresário e político finlandês. O nome é um jogo de palavras na língua finlandesa com "kamiina", que significa "fogão", já que o automóvel escolhido para o projeto foi um clássico Chevrolet El Camino 1987 adaptado para rodar com gás de madeira (!).


A ideia de usar gás de madeira para alimentar veículos não é nova. Na verdade, a tecnologia foi inventada em 1920 por um francês. Mas não foi popular até o período da 2ª Guerra Mundial, quando os suprimentos de combustível, especialmente na Europa, foram severamente racionados, obrigando os veículos a usarem combustíveis alternativos.
Engenheiros da época descobriram que os geradores de gás de madeira eram perfeitamente adequados para uso com motores de combustão interna convencional, com apenas algumas pequenas modificações. Com tecnologia atual, geradores de gás de madeira são ainda mais eficientes, e eles conseguem extrair cerca de 75 % da energia do combustível a partir da queima.


O sistema utilizado no El Camino de Juha lhe permite cobrir respeitáveis 200 km com um tanque de aglomerados de madeira - que pesa cerca de 175 lbs (80 kgs). Apesar de, graças ao espaço do El Camino de armazenamento extra – leia-se caçamba – pode-se transportar madeira suficiente para cobrir mais de 1000 km!

O peso adicional do gerador de gás de madeira, juntamente com a saída de ar, significa que a El Kamina não é tão rápida como quando saiu da fábrica, mas seu criador garante que o veículo pode ser usado normalmente, inclusive para longas viagens. As desvantagens para o sistema são o fato de que demora cerca de 20 minutos para o gás dos queimadores chegar quente o suficiente ao motor, e depois do funcionamento, que é quando você tem o trabalho sujo de limpar a fuligem.

No entanto, se os preços dos combustíveis continuarem a subir, os automóveis híbridos e elétricos demorarem a ter preços competitivos e o transporte público ser deficiente nas grandes cidades, quem sabe não seja um preço pequeno a pagar por uma fonte acessível, renovável e eficiente de combustível.

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