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Renault Scénic sucumbe diante dos SUVs e sai de linha após 26 anos

O segmento de minivans tem sido duramente atingido pelo crescimento dos SUVs na Europa. Baixas na categoria têm sido recorrentes e, no anúncio mais recente, deu adeus ao mercado a emblemática Renault Scénic. O monovolume nasceu em 1996 com diversas inovações e se despede das lojas após acumular quatro gerações no currículo. Apenas a versão Grand continua à venda, mas não deverá durar muito tempo.

Segundo a Renault, a Scénic vendeu ao longo de 26 anos de mercado aproximadamente 2,8 milhões de unidades. Fez sucesso em diversos países, mas vinha registrando números amargos nos últimos anos. Em 2021, por exemplo, emplacou apenas 20.678 unidades. Já em 2011, com o cenário mais convidativo para minivans, emplacou 160.159 exemplares.

O avanço dos SUVs tem provocado mudanças profundas no portfólio da maioria das montadoras. Veículos tradicionais, no geral, têm morrido para dar lugar a lançamentos mais alinhados com as novas demandas do mercado. A Citroën, por exemplo, saiu recentemente do mercado de minivans depois de quase 30 anos de história, acumulando no currículo modelos consagrados como Xsara Picasso, C4 Picasso e C8.

No caso da Renault, além da Scénic, saiu de linha há pouco tempo o sedã grande Talisman, que terá como substituto inédito SUV topo de linha. Deve seguir o mesmo caminho num futuro próximo a icônica Espace, hoje restrita a pouco mercados europeus.

No Brasil, a Scénic foi lançada em 1999 e teve a primazia de inaugurar a fábrica de São José dos Pinhais (PR). Entre outros diferenciais, chamava atenção pela ampla variedade de porta-objetos, bancos traseiros individuais e mesinha tipo avião no encosto dos assentos da frente. Permaneceu em produção até 2010, quando o mercado de minivans começou a definhar por aqui. Em 2008, a segunda geração chegou importada para conviver com o modelo antigo, porém sem o mesmo sucesso.

* Dyogo Fagundes/Motor 1.