Volvo e Mack prometem caminhões movidos a DME para 2015
As montadoras Volvo e Mack Trucks (do Volvo Group) anunciaram recentemente que iniciarão a produção em escala limitada dos primeiros caminhões movidos a DME (éter dimetílico) a partir de 2015 para o mercado norte-americano. Trata-se de um combustível não tóxico que pode ser produzido a partir de várias matérias-primas sustentáveis. A tecnologia entrega uma significativa redução de 95% nas emissões de CO2, além de eliminar completamente a emissão de material particulado.
A novidade é positiva até mesmo para a economia estadunidense, pois poderá reduzir – ao longo do tempo – a dependência de importação de petróleo, pois o combustível pode ser feito a partir da conversão de gás natural, resíduos de alimentos, resíduos animais, aparas de relva e de outras fontes renováveis. Dessa forma, o governo poderia estimular diversas pequenas produções no interior dos Estados Unidos em um modelo semelhante ao que ocorre com o cultivo de substâncias oleaginosas para a produção de biodiesel no Brasil.
“Os benefícios do DME são diversos. É melhor para o meio ambiente, porque a queima é muito mais limpa, e pode ser feita a partir de fontes que estão disponíveis no mercado interno. Os caminhões Mack são montados nos EUA, e com o DME, estaremos alimentando os nossos veículos com um combustível que também é feito no país”, afirmou Kevin Flaherty, presidente da Mack Trucks. O caminhão Mack será equipado com um propulsor Mack MP8 de 13 litros, enquanto o Volvo receberá o motor D13 e a transmissão automatizada I-Shif.
O anúncio da nova tecnologia é um dos frutos de um projeto iniciado em 2007 pela Volvo, quando apresentou em Bruxelas, na Bélgica, sete caminhões movidos com sete diferentes combustíveis sustentáveis, entre eles o DME. No ano seguinte, a montadora levou os veículos para demonstração em uma conferência em Washington, capital dos Estados Unidos.
O seu elevado número de cetano proporciona desempenho e eficiência comparável ao diesel. É um excelente combustível de ignição por compressão, que, como o diesel, não requer nenhum mecanismo de ignição separada. Ao contrário do GNL, não requer temperaturas criogênicas e pode ser armazenado com segurança no local.
Desde o seu desenvolvimento em 2007, a Volvo realizou uma extensa gama testes de campo em mais de 650.000 quilômetros por rodovias europeias e norte-americanas.
* Redação/Transpoonline.
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