terça-feira, 8 de outubro de 2013

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Administrador cultiva paixão louca por perua Maverick

"Uma paixão que renderia até atestado de insanidade". É assim que o administrador Paul Gregson define o seu "relacionamento" com a linda e rara perua Maverick 1976. "Sou apaixonado por todos os Ford Maverick. Mas esse, por sua exclusividade, sempre foi meu maior sonho de consumo", conta.
 
 
Em 1999, em uma viagem de negócios a Itu, no interior do Estado, para visitar um cliente, Gregson se perdeu e acabou passando em frente a um ferro-velho. Foi em meio a sucata que ele viu um exemplar do carro de seus sonhos - em péssimo estado. "Acabei ficando por lá mesmo para tentar comprar o modelo. Cliente eu até encontraria outro, mas a perua não", brinca.
 
 
Ele estava tão empolgado que levou apenas três horas para fechar negócio. Nesse meio tempo, ele viajou até Sorocaba para buscar um documento do carro e providenciou um guincho para trazê-lo a São Paulo.

 
A restauração levou quatro anos para ficar pronta e incluiu a compra de um Maverick SL 1978 que virou "doador de peças". Como alguns componentes não existiam mais, foi preciso recorrer a artesãos. "Mandei fazer os vidros laterais traseiros e os puxadores das portas são de fibra de vidro", diz Gregson. Bem equipado, o carro tem direção hidráulica e ar-condicionado. Os bancos são revestidos de courvin e veludo.
 
 
Quando a perua voltou à ativa, em 2003, Gregson a levou ao tradicional encontro de Águas de Lindoia, no interior do Estado. E a estreia ocorreu com chave de ouro. A Maverick recebeu um prêmio na categoria veículos nacionais da década de 70.
 
 
O motor 302 V8 gera 200 cv, segundo Gregson. O câmbio, que tem haste na coluna de direção, é automático de três marchas. O consumo, estimado pelo colecionador, é de 4,5 km/l. A paixão de Gregson por antigos rendeu dois livros: "Maverick - um ícone dos anos 70" e "Galaxie, o grande brasileiro", em parceria com Dino Dragone - ambos pela editora Alaúde.

História

Da Ford, a perua Maverick só tem o nome. O modelo surgiu como uma sugestão da concessionária Souza Ramos para concorrer com a Chevrolet Caravan. Como a Ford não bancou a ideia, a própria Souza Ramos resolveu dar vida ao projeto por meio de um de seus "braços", a SR Veículos. Isso foi em 1976.
 
 
Como vantagens ante a rival, a perua Maverick tinha quatro portas e motor V8. A Caravan tinha versão duas-portas e opções de quatro e seis cilindros. Como fim da produção do Maverick, em 1978, a perua também saiu de linha. Foram feitas entre 50 e 100 unidades.

* Belisa Frangione/Jornal Do Carro.

2 comentários:

Jason Carpp disse...

Do you speak English? Beautiful looking Maverick station wagon. When I was a boy in the 70s, I used to see some Ford Maverick sedans and two door coupes, but for some reason, Ford never offered a Maverick wagon, certainly not for the USA market, which to me, is unforgivable. Ford offered full-sized station wagons like the LTD, the Torino, and Mercury Montego, etc. and Ford offered small station wagons, the Pinto, and the Mercury Bobcat. But Ford offered nothing to offer in between size for station wagon.

KOMBI & CIA. disse...

Thanks for your comment. See you...