Conheça o "primeiro Beer Truck do Brasil"
Importadora de cervejas desde 2002, a Uniland trabalha com rótulos dos EUA, Austrália, Holanda, Rússia, República Tcheca, Alemanha, França, Inglaterra, Estônia, Luxemburgo e até das Ilhas Fiji, mas as raridades de sua loja, em São Paulo, não ficam nas prateleiras. Estão na garagem.
Quem chega é recepcionado de cara por um Citröen H Van azul estacionado na porta. Fabricado após a Segunda Guerra Mundial até o começo dos anos 80 – o modelo acima é de 1982 –, esta van de origem francesa servia originalmente como carro de entregas. "Foi praticamente a Kombi da França nos anos 50, 60 e 70", diz Mario Reuter Camargo, fundador da importadora e responsável por trazer o simpático furgão para o Brasil.
É difícil dizer que tipo de entrega o H Van fazia em Londres, onde foi encontrado, mas aqui no Brasil, o veículo de carga será um Beer Truck, uma versão dos agora conhecidos "food trucks", só que de cerveja. "A gente já queria fazer um [Beer Truck], fui procurar qual que era a van mais interessante, e achamos essa curiosa, parece um buldogue", conta o engenheiro de produção. O "olheiro" que achou o carro foi um especialista inglês em modelos da montadora francesa que Mario conheceu em uma viagem à Inglaterra. Do início da negociação até o veículo ser liberado foram quase 12 meses: "Nasce uma criança antes do carro chegar".
RESTAURAÇÃO
Como o estado do carro não era tão "bom como o inglês tinha falado", radiador e bomba d’água – esta duas vezes – foram consertados para colocá-lo para andar, o que aconteceu no mês passado, mas o trabalho está longe de acabar. O próximo passo é reformar o interior para instalar chopeiras e refrigeradores.
A ideia da importadora é utilizar o veículo em eventos e para promover os rótulos com os quais trabalha. O investimento, da importação até a restauração, gira em torno de R$ 120 mil, de acordo com Mario, e embora ainda não exista um preço fechado para locação, ele sugere um valor de R$ 500.
GOSTO POR "CARROS FEIOS"
A van da Citröen não está sozinha na garagem da importadora. Fazem companhia três Trabants, carros que eram construídos na Alemanha Oriental e cujo motor de 25 cavalos é capaz de levá-lo de 0 a 100 km/h em "impressionantes 21 segundos", uma Ferrari Dino 308 GT4 de 1975 que em breve terá sua pintura verde coberta para promover dois rótulos belgas – Gulden Draak e Piraat – e um segundo Citröen, um 2CV de 76, que se encontra em reforma.
"Temos um gosto pessoal por carros antigos e clássicos, mas não os tão óbvios. É um gosto meio estranho por carros feios antigos, como esses Trabants, o Citröen e a Ferrari, que alguns defendem que é a mais feia da história. Eu não acho", avalia Mario. "Juntamos as duas coisas, o gosto por carros e cervejas, e usamos para um fazer a propaganda do outro."
* Brunno Kono/iG São Paulo.
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