segunda-feira, 17 de novembro de 2014

>>> CARAVAN 1978


Fã da linha Opala, empresário roda todas as sextas-feiras com carro familiar da Chevrolet que tem 36 anos

Sexta-feira é o dia em que muitos executivos deixam a formalidade de lado e dão expediente em trajes mais casuais. O empresário André Luiz Rodrigues faz algo parecido ao usar sua Caravan 1978, com a qual ele circula apenas uma vez por semana, em um trajeto de 80 km.
 
 
Fã do modelo da Chevrolet, ele tinha um Opala 1974 quando um amigo lhe ofereceu a perua, que já havia sido restaurada. “Essa Caravan ficou com o primeiro dono até 1992 e teve outros três proprietários antes de mim”, conta Rodrigues, que guarda todos os documentos de transferência do veículo e, desde que comprou o modelo, há cerca de três anos, rodou menos de 5 mil km com ele.
 

Chama a atenção a integridade da carroceria, na cor Azul Danúbio. “Foi o primeiro ano em que a GM incorporou tons metálicas à sua linha feita no Brasil”, diz o dono da perua, que elogia o conforto do carro. “Mesmo sem ar-condicionado e direção hidráulica, ela é mais gostosa de dirigir que modelos mais recentes, como meus Ford Focus e Fiat Mille, por exemplo.”
 
 
Rodrigues mandou refazer a parte elétrica, pintou o motor e as rodas e substituiu o carburador por outro maior, para favorecer o desempenho. “Ela chega facilmente aos 160 km/h. E roda 7 km na cidade com um litro de gasolina.”
 
 
O empresário e a Caravan costumam participar de eventos ligados à família Opala que ocorrem anualmente no Anhembi, na zona norte da capital, e em Jundiaí, no interior do Estado. Eduarda, sua filha de 7 anos, é parceira nos passeios. “Ela gosta de viajar no carro”, diz.
 
 
Por onde passa, a perua Chevrolet vai resgatando lembranças. “A toda hora ouço relatos de pessoas que tiveram uma Caravan. Cada vez que paro em um posto de gasolina, ganho um novo amigo”, brinca o orgulhoso “opaleiro”.

* Thiago Lasco/Estado de São Paulo.

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