Suzuki S-Cross chega ao Brasil a partir de R$ 74,9 mil
A Suzuki lança no Brasil o S-Cross, nova geração do crossover SX4 produzida na Hungria. Com porte e aparência mais próximos à proposta de familiar com leve aptidão aventureira, convence pela qualidade de construção, pacote de itens de segurança e o sistema de tração nas quatro rodas All Grip, mas esbarra na rede de concessionárias (54 no país) restrita. O motor 2.0 16V de 145cv do modelo anterior foi substituído por um 1.6 de 120cv de menor consumo e eficiência, segundo o fabricante, aliado à redução de peso da carroceria – mote da marca japonesa ante elétricos e híbridos. Os preços partem de R$ 74.900 na versão GL equipada com câmbio manual, reajuste de quase R$ 8 mil sobre o SX4, que começava de R$ 67.490.
O design do S-Cross é funcional e se destaca pelos grandes faróis arredondados, amplo capô curvo e linha de cintura ascendente. Na versão topo de linha GLS há opção de combinações de cores entre teto e carroceria: a popular pintura saia e blusa. A carroceria cresceu 20cm e incorpora o uso de aços de alta resistência para os principais componentes estruturais. A estratégia possibilitou que o S-Cross conquistasse nota máxima para adultos, crianças e pedestres nos testes de impacto do Euro Ncap. O resultado geral é um conjunto esteticamente harmonioso, construído em inédita plataforma, mas menos ousado que o do SX4.
O habitáculo remete aos dos monovolumes, com console central em posição elevada e muitos porta-objetos. Apenas dois adultos viajam com conforto no banco traseiro, com dois pontos de fixação Isofix para cadeiras infantis. O teto é baixo e quem viaja no meio esbarra a nuca no encosto de cabeça. Na direção oposta ao aumento das dimensões, o porta-malas foi reduzido de 470 para 440 litros. Há, contudo, um nível inferior para se guardar objetos abaixo da tampa, além de dois compartimentos laterais.
Disponível a partir da versão intermediária GLX, o All Grip monitora a distribuição de torque nas quatro rodas em tempo real, prevendo uma potencial perda de controle de direção. Isso significa que o condutor terá sempre o carro à mão, numa função adicional aos controles de estabilidade e tração. “Onde tiver estrada ele vai”, garante o presidente da Suzuki do Brasil, Luiz Rosenfeld. São quatro os modos de uso do sistema: Auto, com alteração automática de 2WD para 4WD de acordo com o terreno e economia de combustível; Sport, que otimiza o torque e as trocas de marchas, transferindo torque para o eixo traseiro; Snow-Mud, melhorando o desempenho em pisos de baixa aderência, como lama; e Lock (4WD), que distribui o torque entre as rodas para uso fora de estrada.
A versão GL vem equipada de série com ar-condicionado de ajuste manual, airbags frontais, direção com assistência elétrica, banco do motorista com regulagem de altura, computador de bordo, faróis de neblina, freios ABS, retrovisores externos com ajuste elétrico, rádio CD MP3 com bluetooth, volante multifuncional de couro com regulagem de altura e distância e rodas aro 16. Por mais R$ 14 mil, a versão GLX adiciona pacote mais compatível à faixa de preço: ar-condicionado automático de duas zonas, aletas para trocas de marcha no volante (paddles shift), airbags laterais e de cortina (totalizando seis bolsas), controle eletrônico de estabilidade, assistente de partida em rampas, partida sem chave, piloto automático, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, rack de teto, retrovisores rebatíveis e com setas incorporadas e rodas aro 17. Itens como faróis com LEDs, lavador de faróis, sensores crepuscular e de chuva, rack prata, retrovisor interno eletrocrômico, tela multimídia de oito polegadas com navegador integrado e teto solar panorâmico são exclusivos da GLS, que ultrapassa os R$ 105 mil.
IMPRESSÕES
Durante o lançamento foi possível avaliar o S-Cross com os dois tipos de câmbio. O CVT, com sete marchas simuladas, se comporta bem, mas o motor urra muito. De trocas suaves, apesar da alavanca pequena, o conjunto manual entrega excelente torque em baixa rotação. O baixo consumo médio agrada.
São 10 opções de cores, sendo uma sólida (vermelho, sem acréscimo de preço), quatro perolizadas (branco, branco/preto, bronze, bronze/bege) e cinco metálicas (prata, prata/preto, cinza, cinza/preto e preto). As combinações bronze/bege, prata/preto, cinza/preto e branco/preto são exclusivas da versão GLS, por mais R$ 1 mil. Os demais tons têm acréscimo de R$ 1.400.
A Suzuki planeja vender até 250 unidades/mês, volume modesto em relação aos concorrentes em faixa de preço Honda HR-V e Mitsubishi Outlander. “Procuramos trabalhar a satisfação do cliente”, sustenta Rosenfeld. Apesar da crise, a marca espera crescer de 20% a 25% no Brasil em 2015.
* Bruno Freitas/Estado de Minas.
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