Parati 1984 em perfeitas condições à venda em Santa Catarina
Você dificilmente vai encontrar alguém que ache os Volkswagen da família BX — Gol, Voyage, Saveiro e Parati — “legaizinhos”: quem gosta deles, gosta mesmo. E, mesmo que você não seja fã, dá para entender seu apelo: são carros que já se tornaram ícones, têm mecânica consagrada e são boas bases para project cars, sejam eles voltados para o visual ou desempenho. No fim das contas, não adianta: eles têm carisma. E isto ajuda a explicar por que é tão difícil achar um bom exemplar, inteiro e original, a um preço razoável. Mas a gente achou — olha só esta Parati 1984!
Você já deve saber que o primeiro representante da família foi o Gol, lançado em 1980. Os derivados forma chegando aos poucos — primeiro o Voyage, em maio de 1981; depois a Parati, em junho de 1982 e por fim a Saveiro, em setembro do mesmo ano.
Em um primeiro momento, a Parati estava disponível nas versões LS e GLS (esta, com rodas de alumínio), ambas com o motor de 1,5 litro com arrefecimento líquido, carburador de corpo simples e 65 cv e 11,5 mkgf de torque do Passat. O motor de 1,6 litro só veio no ano seguinte — o MD-270, precursor do AP —, com carburador de corpo duplo, modificações no comando de válvulas e pistões, taxa de compressão mais alta, ignição eletrônica e carburador de corpo duplo. Resultado: um belo aumento para 81 cv e 12,8 mkgf de torque.
É este o motor que equipa nosso 'Achado Meio Perdido' de hoje. A Parati LS na cor Cinza Himalaia pertence a Maurício Melo, de São José, Santa Catarina, e é uma das mais conservadas que já vimos à venda — se rolasse um Concours de l’Ordinaire (evento na Inglaterra dedicado aos carros antigos comuns) aqui no Brasil, este carro certamente faria bonito.
Maurício conta que é o quarto dono da Parati e diz que, de acordo com o histórico, os dois primeiros donos tinham o mesmo sobrenome e provavelmente eram pai e filho. Ele teve a sorte de conseguir um carro que foi muito bem cuidado por seus donos anteriores — nunca foi batido, teve toda a manutenção feita em dia e é quase toda original. A pintura já foi refeita, mas todos os itens de acabamento, externos e internos — revestimentos dos bancos, carpete, volante, manoplas e revestimentos de porta, pedais, polainas, faróis e lanternas — são os mesmos que vieram de fábrica. E estão muito bem conservados.
O carro de Maurício ainda tem alguns itens interessantes: rodas de alumínio, faróis auxiliares Cibié e ar-condicionado — que, de acordo com o proprietário, está funcionando perfeitamente. Aliás, o carro todo está: há cerca de dois ou três meses, Maurício realizou uma revisão completa na mecânica e na elétrica. Componentes que sofrem desgaste natural, como correias, retentores e filtros, foram substituídos, bem como os fluidos. Os amortecedores são novos, assim como os pneus Pirelli P400. Em resumo, está tudo em ordem, segundo o dono, que utiliza o carro apenas em fins de semana.
O hodômetro de cinco dígitos marca pouco mais de 11.000 km, mas Maurício não garante que esta seja a quilometragem original — os números já podem ter dado uma volta completa. De qualquer forma, o estado de conservação e originalidade do carro tornam os quilômetros percorridos apenas um detalhe. Especialmente quando o preço pedido é de R$ 14.900 — não é nada difícil encontrar exemplares muito menos conservados por esta grana.
* Dalmo Hernades/Portal FlatOut.
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