quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

>>> EXEMPLAR 1975


Fã da Kombi mantém belo exemplar de 1975

No dia a dia, o profissional da construção civil Dirceu Baldan usa uma Volkswagen Kombi 2011, arrefecida a água, de 80 cv. Porém, é da unidade fabricada em 1975 – que ficou conhecida como “corujinha”, em referência ao desenho da dianteira, cujos traços lembram a cara da ave –, com motor 1.5 de 52 cv, que ele gosta mais.
 
 
Baldan, que tem 55 anos, conta que se apaixonou pela Kombi em 1977, quando adquiriu um modelo da versão Luxo. Foi ali que ele se encantou com a versatilidade oferecida pela van. “Posso usá-la para trabalhar, fazer mudanças e no lazer, como em passeios com a família.”
 
Baldan conta que o modelo de 1975, comprado há cinco anos, é mais prazeroso de dirigir do que o de 2011 – apesar de ser menos potente. “A Kombi 75 tem rodar mais macio.”


Por ela, Baldan desembolsou R$ 10 mil. Encontrou-a por meio de um anúncio na internet e foi até Jaboticabal, a cerca de 300 km da capital paulista, buscá-la. “Estava conservadíssima. A única coisa que precisei fazer foi colocar as placas pretas”, explica.
 
 
O modelo é um dos últimos da linha a contar com o para-brisa dividido e com o motor 1.5 refrigerado a ar. Além disso, foi a primeira Kombi a receber botões de acionamento de funções feitos de plástico, em substituição aos de metal. Dos cerca de 125 mil quilômetros rodados pela Kombi 1975, apenas 12 mil foram com Baldan ao volante. De acordo com ele, a van nunca deixou de funcionar desde que chegou a São Paulo. “E eu sempre viajo com ela, participando de diversos eventos (de carros antigos) no interior e fora do Estado.” Segundo Baldan, o carro pode atingir 99 km/h de velocidade.
 
 
Após adquirir a Kombi 75, o grande prazer de Baldan passou a ser comparecer, com a van, a encontros de carros, nos quais é acompanhado pelos filhos Anderson, Alexandre e Adriano, apaixonados por modelos antigos. Por isso, cada um dos quatro vai ao evento em seu próprio clássico. “Foram meus filhos que me trouxeram para o antigomobilismo. Antes, eu gostava de fazer trilhas”, conta Baldan, que costumava encarar desafios off-road com um Jeep CJ5 Willys, também de 1975. Porém, segundo ele, as trilhas ficaram elitizadas e tiveram a dificuldade reduzida, principalmente com a chegada dos utilitários de luxo ao circuito. Então, Baldan perdeu o interesse. “Acabaram a aventura e a simplicidade que eram sempre encontradas nesses eventos.”

* Rodrigo Samy/Jornal Do Carro.

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