Apesar de não ter um conteúdo compatível com os assuntos tratados aqui no KOMBI & CIA, esta matéria vale pela curiosidade em conhecer outras facetas de um gênio da história do automóvel, Henry Ford e sua mansão...
Localizada em Dearborn, Michigan, nos Estados Unidos, a residência do casal Henry e Clara Ford é um capítulo à parte na história da indústria automotiva. Transformada em museu e parte do campus da Universidade de Michigan, a casa possui 56 cômodos – incluindo um quarto que era destinado somente para a sesta de Ford - distribuídos em uma área de 3.000 metros quadrados.
Batizada de Fair Lane – em homenagem ao local de nascimento do pai -, a residência começou a ser construída pelo fundador da Ford Motor Company em 1914. Henry Ford (1863 – 1947) contratou entre 500 e 800 pedreiros para levantar a sua obra que, assim como uma produção em série, levou tempo recorde para ser concluída devido ao seu tamanho: dois anos.
Para se ter uma idéia da grandiosidade da obra, o gasto inicial foi calculado em US$ 250 mil, mas no fim, cerca de US$ 1.880.000 foram gastos com o imóvel – imagine essa quantia no início do século passado. Entre as extravagâncias do local, vale apontar as mais de 500 casas de pássaros (um dos hobbies de Ford era observá-los), uma oficina de Natal, um lago artificial, um abrigo para barcos, além de infinitas hortas e jardins – entre os empregados, 25 eram jardineiros.
Uma das dependências que merece destaque na mansão é a casa de força. Dividido em seis pavimentos, o pequeno prédio abriga a coleção de carros pessoais que pertenceu à família Ford (todos em excelente estado) e um escritório secreto, que não é aberto ao público. Nesta sala era onde o empresário criava suas engenhocas; foi de lá que saiu o motor X, invenção que, depois de muitos aperfeiçoamentos, deu origem ao famoso V8 da Ford.
Thomas Edison, amigo de Ford, foi um dos responsáveis por tornar a casa de força tão famosa A dupla criou um sistema movido a geradores hidroelétricos que abastecia a casa e parte das residências da região. A fonte de energia era a água, vinda do rio Rouge. Um túnel de 300 metros conectava a mansão ao sistema, garantindo água quente e energia à família.
Para o único filho Edsel, Ford construiu uma piscina coberta, hoje restaurante para turistas. Na entrada, todos os corrimãos são feito de madeira, trabalhada à mão e, logo adiante, na sala de jantar, com diversas portas que não levam a lugar algum, celebridades como o Duque de Windsor foi um dos convidados do casal.
Curiosidades à parte, Henry Ford foi um gênio, mas considerado por muitos um mau administrador e uma pessoa de personalidade difícil (ele e sua mulher dormiam em camas separadas), além de ter sido considerado racista por seus empregados.
Ford preferia o chão de fábrica ao escritório e, dessa forma, criou um império que foi responsável por desenvolver a produção em série e, conseqüentemente, ruas de terra deram lugar a estradas e postos de abastecimento foram surgindo com a chegada dos carros, mudando a rotina dos habitantes dos Estado Unidos. Em duas décadas, foram 15 milhões de unidades do Ford T, vendidos a US$ 850 cada um na época. Valor que hoje não paga, muitas vezes, um jogo de rodas.
Em 1957, dez anos após a sua morte, sua mansão foi doada à Universidade de Michigan. Os móveis foram a leilão quando Clara Ford faleceu, em 1950. Atualmente, a casa recebe grupos de turistas para visitação.
* matéria de Anelisa Lopes/Portal iCarros.
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