quarta-feira, 23 de julho de 2008

>>> HERÓIS DO PASSADO

- MERCEDES-BENZ LP 321 -

Popularmente conhecido como "cara-chata", este caminhão ostentou a estrela de três pontas da Mercedes-Benz no Brasil por uma década. Simplicidade mecânica e economia eram seus pontos fortes.
Em 1958, a Mercedes-Benz do Brasil reestilizou seu caminhão médio o "torpedo" L 312 e lançou o modelo LP 321, um cara-chata com carroceria maior e capacidade de carga para 10t. O veículo era equipado com motor diesel de seis cilindros em linha e 120 hp e câmbio de 5 marchas.

Havia ainda as opções de chassis curtos, como o LPK, para basculantes, e o cavalo-mecânico LPS. Dessa carroceria avançada ainda foram criados os ônibus Monobloco OM 321, com motor traseiro, e o caminhão cabine-leito LP 331, que tinha cama e uma janela lateral. O chassi, com motor dianteiro, também equipou inúmeros ônibus urbanos e rodoviários de 1958 até o final dos anos 60.


A Mercedes anunciava que o caminhão oferecia "menor consumo de combustível, baixo custo de operação, ampla facilidade de manejo e maior lucro por quilômetro rodado", segundo a publicidade da época. Mas a economia tinha seu preço: muitos proprietários reclamavam da baixa potência do motor e de problemas de superaquecimento, quando muito exigido.

Hoje, são raros os LPs que mantêm a mecânica original. Os motores foram substituídos pelos dos Mercedes 1113, bem mais eficientes e com peças de reposição fáceis de encontrar. É verdade, também, que no começo dos anos 60 os caminhões eram pau-pra-toda-obra e muitas vezes eram requeridos para dar mais do que podiam.

Como outros caminhões daqueles tempos, os LPs não ofereciam conforto. Tinham bancos estreitos, de encosto baixo, que não davam regulagem e eram revestidos com curvim, o que aumentava o calor. E o motor ficava na cabine! Sem assistência hidráulica, os comandos eram pesados. O grande diâmetro do volante ajudava a diminuir os esforços em manobras. Ar-condicionado? Nem pensar. Só enormes ventarolas.


Hoje em dia, já com 50 anos, é raro ver um LP 321 nas estradas. O desgaste natural não os faz confiáveis para enfrentar longas distâncias. Mas nas cidades ainda resistem, fazendo pequenos fretes e entregas. Parecem ter vocação para transportar areia, pedra e cimento para depósitos de material de construção...

Um comentário:

RonaldoM disse...

Muito interessante seu artigo, pretendo fazer esse modelo e colocar junto aos demais lá no meu blog à disposição para montagem:

http://paperoom.blogspot.com/