segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

>>> KOMBI NA WEB

Em abril do ano passado, Marcos Camargo Jr., do portal Webmotors, assinava uma matéria sobre a KOMBI, com alguns detalhes sobre a história e funcionalidade deste veículo, tudo ilustrado por uma rara KOMBI 1960, modelo standart. E é claro que não poderíamos deixar de publicar aqui no KOMBI & CIA uma boa reportagem sobre a nossa velha e querida KOMBI. Boa leitura!
Eterna Kombi: confira modelo fabricado em 1960

Ver uma Kombi circulando nas ruas brasileiras não é nenhuma novidade, tampouco nos chama a atenção. Afinal de contas, elas estão aí há mais de 50 anos. Mas se você encontrasse esta Kombi fabricada em 1960, certamente ficaria admirado com seu estado de conservação. Esta ilustre senhora vem de um projeto simples e muito original: assoalho praticamente reto e aproveitamento total de espaço.


Concebida pelo holandês Ben Pon, que fez os primeiros rascunhos do carro em 1947, a Kombi pouco mudou nas últimas cinco décadas. No conceito, é um veículo espaçoso apto para levar até nove adultos ou uma tonelada de carga, com mecânica simples, confiável e econômica.

Soluções para o Brasil

A palavra Kombi deriva do termo alemão “Kombinationfahrzeug”, ou simplesmente “veículo combinado” e prova que o maior adjetivo desta perua é justamente sua versatilidade. No Brasil, ela chegou em 1957, com a solução mecânica do motor 1200 de apenas 30 cavalos, equipada com sistema elétrico de 6v com dínamo, quatro marchas não sincronizadas e era a simplicidade sobre quatro rodas.


No painel, nada de conta-giros, marcadores de temperatura ou nível de combustível. Se nota apenas um mostrador redondo que reúne velocímetro e luzes espia. Até a luz de direção tem uma solução curiosa; um sistema de hastes acionadas eletricamente, que receberam o apelido de “bananinhas”. Outra curiosidade é a chave auxiliar que mais parece um abridor de lata, com uma haste sextavada e que encaixa na abertura do motor e também no compartimento que dá acesso ao tanque.

De opção familiar a veículo multiuso

A experiência de guiar um veículo assim não é das mais animadoras. A Kombi é instável e seu volante requer um uso cuidadoso para manter o carro no curso reto de uma rua ou estrada. A posição de dirigir também cansa o motorista, já que os pedais são apoiados em pesados suportes, o banco não tem ajuste e o imenso volante fica quase encostado no corpo.


Interessante é que no início de sua história no Brasil, a Kombi era um veículo destinado às famílias, que eram bem maiores. Afinal de contas, nenhum outro veículo era capaz de levar nove adultos e alguma bagagem. Se fosse o caso de levar mais carga, bastava retirar os bancos e aproveitar todo o espaço interno. Com o passar dos anos e com a mudança do perfil dos consumidores, a Kombi acabou se tornando uma solução multiuso de carga e de transporte. Também teve versões como a pickup, o furgão e até motorhome. Até a década de 1990 a Kombi reinava soberana no transporte escolar, com boas lembranças. Também era líder de mercado entre os feirantes e veículos de serviço.

Kombi na mídia

A publicidade da Kombi é outro capítulo à parte. A marca investia em peças bem-humoradas e que atingiam em cheio as famílias, empresários e até religiosos como o famoso comercial das freiras exibido na década de 60.


A segunda geração do veículo combinado só chegou por aqui em 1997 com o sobrenome “Carat” em resposta às novas opções do mercado, principalmente as vans asiáticas. A novidade era o teto mais alto e a porta corrediça, que demorou mais de 20 anos para chegar ao Brasil. Em 2005 foi a vez do carro finalmente ganhar o motor 1.4 refrigerado a água, mas o câmbio de quatro marchas sobreviveu. Além disso teve a série especial 50 anos com pintura e acabamento exclusivo em duas cores. Outra série especial foi a Kombi Collector, que era a despedida do motor a ar com a fabricação de 200 unidades na cor prata exclusiva. Por aqui o sucesso da Kombi ainda não parou, já que entre os utilitários ela tem o melhor custo benefício.

Mesmo ainda muito comum pelas ruas, ver uma Kombi antiga e tão preservada nos dá a sensação de que voltamos no tempo. E para ela, o tempo parece que não passa.

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