terça-feira, 18 de novembro de 2008

>>> CITROËN GRAND C4

Para aqueles que não tiveram a oportunidade de conhecer melhor este belo carro, KOMBI & CIA disponibiliza uma reportagem realizada em maio deste ano, pela revista FAST DRIVER, no então lançamento oficial do Grand C4 em terras brasileiras. Bom divertimento!
Se os franceses sabem como fazer um tipo de carro ele é a minivan. Embora sua origem é ainda hoje seja disputada com os norte-americanos, o conceito de um veículo familiar com design voltado para o lazer foi melhor interpretado pelas marcas francesas. É como o vinho espumante, que é produzido em diversas partes do mundo, mas só pode ser chamado de "champagne" se provêm da região homônima, no nordeste da França.


O Grand C4 Picasso, lançado pela Citroën no Brasil, é uma espécie de reserva especial: além de reunir as características consagradas de outras minivans da marca, o modelo foi mais longe e trouxe soluções criativas e cativantes para o tipo de automóvel mais democrático que existe. Ao contrário de esportivos, por exemplo, a minivan oferece mimos para todos os ocupantes.

A versão importada pela Citroën é, como dissemos acima, a Grand C4 Picasso, com 7 lugares e acabamento Exclusive, o mais luxuoso. Tudo isso porque a marca não quer tirar vendas da Xsara Picasso, produzida no Brasil e substituída na Europa pela C4 Picasso de 5 lugares.

Com preço a partir de R$ 89 900, a C4 Picasso é uma opção mais sofisticada para quem procura mais novidades no segmento. Mas nem tudo são flores. Nesta faixa de preço, a minivan enfrentará o mais duro dos concorrentes atuais, os crossovers, modelos que mesclam características de minivans e utilitários esportivos e possuem visual mais robusto e agressivo.

A C4 Picasso é justamente o contrário: a grande área envidraçada deixa os ocupantes mais expostos, sobretudo no para-brisa, prolongado até a altura das cabeças dos ocupantes. O recurso é formidável em viagens, mas a realidade das grandes cidades pode assustar os compradores. Para completar, há a opção pelo grande teto solar, que adiciona mais R$ 4 000 ao preço.

Como é derivada do médio C4, muitos equipamentos são iguais: o motor 2.0 16V de 143 cv, o câmbio automático com tiptronic e 4 marchas, o volante com o centro fixo, o sistema de som integrado e a suspensão. Destes, elogio ao motor e ao volante, já que o câmbio indeciso e a suspensão dura são heranças negativas da linha.

Mas o C4 Picasso tem seus diferenciais. A alavanca do câmbio, por exemplo, é delicada e instalada atrás do volante, como nos antigos carros automáticos. Com isso, o console central ficou livre, permitindo a instalação de uma geladeira portátil. Há também borboletas de acionamento das marchas no volante, como em um carro esportivo, mas que aqui combinaram com a arquitetura do painel.

O sistema de ar-condicionado é genial, dividido em quatro zonas e com comando central colocado na lateral esquerda do painel. Há também sete airbags e sensor de estacionamento com visor em toda a volta do veículo - recurso indispensável devido às medidas generosas da minivan.

Se o volante fixo e o painel de instrumentos central lembram o C4 Pallas, por exemplo, a tela multifunção é original. Maior e com controle de cores, ela exibe o conta-giros, rádio e velocímetro, entre outros detalhes. À frente dela está a alavanca elétrica do freio de mão.

É tanto espaço interno que até mesmo a parte superior do painel virou lugar para dois porta-objetos imensos. Por falar em espaço, com a adição dos dois lugares extras, o C4 Picasso tem uma capacidade de bagagem bem variada: com 7 assentos são apenas 208 litros, com 5 pessoas sobe para 576 litros e atinge até 1951 sem os bancos da fileira 2 e 3.


Mesmo em sua despedida do posto de presidente da Citroën, Sérgio Habib continua pouco modesto na hora de prever as vendas de seus modelos. Segundo ele, a C4 Picasso emplacará 500 unidades por mês, um número bastante ousado para um veículo de R$ 90 mil - apenas como referência, a Xsara Picasso vende cerca de 900 unidades por mês e é bem mais em conta.


Em suma, um carro que é o sonho da família numerosa, estradeira e despreocupada com a violência das metrópoles.

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