sábado, 6 de fevereiro de 2010

>>> GL NERVOSO

Mercedes-Benz GL é preparado pela Brabus. Batizado como GL 63 Biturbo, o utilitário esportivo de grande porte conta com 659 cv de potência e fôlego para ir aos 300 km/h.
Lançado em 2006, o GL é uma versão mais abrutalhada do utilitário esportivo Classe M da Mercedes-Benz. Ao gosto do mercado norte-americano, o jipão produzido no Alabama tem espaço para sete passageiros, que ficam acomodados nos 5,09 metros de carroceria. Mas isso não significa que ele não possa ganhar uma dose "cavalar" de esportividade. A Brabus, tradicional preparadora de veículos da marca da estrela, instalou sob o capô do GL o seu conhecido motor V8 6.3 equipado com dois turbocompressores com intercoolers. Violento, o bloco adaptado do ML 63 AMG gera 659 cv de potência aos 6.200 giros, com um torque massivo de 86,6 kgfm mantido entre 3 mil e 5.500 rpm, contra 517 cv e 64,2 kgfm do original, aspirado.


Para aguentar o tranco, o V8 recebeu pistões forjados, enquanto os filtros de ar são do tipo esportivo e os turbocompressores de pequenas dimensões foram otimizados. O câmbio é um automático de sete marchas e a tração permanece integral permanente. Tamanho poderio é capaz de impulsionar a massa com cerca de 2,5 toneladas de zero a 100 km/h em apenas 4,7 segundos, um tempo capaz de rivalizar com muitos esportivos de estirpe. E a velocidade máxima declarada desafia a física, no patamar de 300 km/h. Para efeito de comparação, a versão mais apimentada do GL, a 500 4Matic, é capaz de acelerar da imobilidade aos 100 km/h em 6,5 segundos e alcançar a velocidade máxima de 240 km/h.


O visual "dark" onipresente entre os veículos de luxo altamente preparados, é enriquecido pelo kit aerodinâmico. Na opção WIDESTAR, ou estrela larga, a já avantajada largura de 1,92 metro sem os retrovisores, é aumentada em 6 centímetros. Como em outros Brabus, não há estrela de três pontas e o para-choque dianteiro recebe faróis auxiliares, além de LEDs para iluminação diurna. A carroceria recebe ainda outros toques de esportividade, como um spoiler e difusor traseiro, com difusor integrado.


As rodas aro 23 preenchem os arcos das rodas, com pneus na medida de 305/30. Feitas em alumínio forjado – mais leve e resistente –, as rodas contam com nove raios de aspecto fosco, em contraste com as bordas polidas. Como opção, o Brabus GL 63 Biturbo pode ser equipado com rodas 21 ou 22, de variados tipos e modelos. Embora o controle automático da suspensão, a pneumática Airmatic, tenha sido mantido, a Brabus criou um ajuste próprio, 3 centímetros mais baixo. Algo necessário em um veículo com 1,81 metro de altura e centro de gravidade elevado.

Sem se esquecer da dificuldade de parar um peso-pesado de alto desempenho, os freios também são especiais. Na dianteira são discos de 380 mm com pinças de doze pistões, que trabalham em conjunto com os discos de 355 mm na traseira, com pinças de seis pistões.


Dentro da filosofia da Brabus, o interior oferece ainda mais requinte do que o GL de fábrica. O interior mescla couros macios, como do tipo Alcantara. Mas há múltiplas possibilidades de personalização. O painel, o console e as portas podem ser adornados com insertos em madeira nobre ou fibra de carbono de verdade. O caráter esportivo não deixa de ser corroborado pelo interior e fica claro em detalhes como o quadro de instrumentos, com velocímetro com escala até os 320 km/h e pelos pedais, volante e pinos das portas com enxertos em alumínio.


As costas dos bancos dianteiros comportam um console que embutem mesinhas dobráveis e telas de LCD, que exibem imagens de um DVD. Até mesmo os ocupantes da terceira fileira tem direito a este mimo. De acordo com a Brabus, o interior pode ser transformado em um verdadeiro "escritório ambulante", mas será difícil se concentrar no trabalho ao mesmo tempo que o mundo lá fora fica cada vez mais indistinto e borrado. O preço dessa máquina exagerada em muitos aspectos? Igualmente incríveis 368 mil euros, o equivalente a polpudos R$ 956 mil.

* Julio Cabral/Portal Vrum.

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