Reportagem realizada à época do lançamento da nova KOMBI, em Dezembro de 2005, pela Revista Eletrônica Motorcar, com detalhes e ficha técnica completa para quem deseja conhecer melhor o modelo Totalflex da "velha senhora".Entra ano, sai ano, a “velha” Kombi sempre consegue sobreviver no competitivo mercado brasileiro. Depois de 48 anos sendo vendida por aqui e com mais de 1,5 milhão de unidades vendidas, ela ainda consegue ganhar a denominação “Nova Kombi”. Embora o visual tenha mudado muito pouco, principalmente nos últimos anos, sua motorização veio sendo atualizada. E nesta quinta-feira (08/12), a van da Volkswagen foi apresentada, na fábrica de motores de São Carlos, interior de São Paulo, com o novíssimo propulsor a água EA-111 de 1.4 litro, 8 válvulas e Total Flex. Ou seja, a Kombi entra na era bicombustível, onde seu motor pode ser abastecido com álcool, gasolina ou a mistura dos dois combustíveis em qualquer proporção.
Segundo a Volkswagen, esse propulsor desenvolve 78 cavalos de potência máxima com gasolina e 80 cv quando abastecido com álcool, ambos a 4.800 rpm. Um motor mais potente (25%), mais econômico (305), da mesma família de propulsores EA-111empregada nos modelos Fox e Polo. O anterior – 1.6 Boxer refrigerado a ar – que deixa de equipar a Kombi, gerava de 58 cv (gasolina) a 67 cv (álcool). E o consumidor só tem a ganhar, porque com a tecnologia mais moderna, os intervalos para manutenção serão bem maiores. Além disso, o motor EA-111 é muito mais silencioso que o propulsor a ar do antigo modelo. Em regime de aceleração, o ruído externo cai de 78 decibéis para 75 decibéis. Já o ruído interno tem redução de 4 a 5 decibéis.
Com tantas novidades na parte técnica e depois de tantos anos com praticamente o mesmo design, era de se esperar que o visual também chegasse com mudanças. Elas ocorreram, porém, sem grandes alterações. A Nova Kombi chega com uma nova e grande grade frontal, em preto, com o símbolo da Volkswagen ao centro. Os faróis continuam redondos com as conhecidas bordas, assim como o pára-choque foi mantido estreito e afastado da carroceria. A novidade da traseira está no logo Total Flex estampado do lado direito da tampa do porta-malas, que acomoda de 877 litros de bagagem a 1000 lts, dependendo da versão. Ao abrir a tampa o motorista encontra sob o tapete do assoalho, ao lado do estepe, uma nova abertura que proporciona alcance imediato à parte alta do motor.
A versões da Kombi foram mantidas: Standard (9 passageiros), Furgão (2 ou 3 passageiros), Lotação (12 passageiros) e Escolar (15 passageiros). No interior, nada de luxo. Apenas praticidade e espaço para os passageiros. Afinal trata-se de uma van para carga e transporte de pessoas. O acabamento interno é em vinil multicolor cinza e entre os equipamentos de série há janelas intermediárias e laterais traseiras deslizantes. O desembaçador traseiro faz parte da lista de opcionais. A única novidade no interior está no painel de instrumentos, agora com mostradores agrupados em um único módulo, seguindo o desenho adotado em outros veículos da marca. Ele permite melhor visualização de velocímetro, que possui novo grafismo (iluminação em vermelho e números de escala brancos).
“Nenhum veículo oferece a relação custo/benefício da Kombi. No segmento de utilitários, ela vende mais do que a soma dos seus sete principais concorrentes no mercado nacional”, diz Paulo Sérgio Kakinoff, diretor de vendas e marketing da VW. O objetivo da marca com o motor Total Flex na Kombi é vender cerca de 3.000 unidades a mais em 2006 (de 12 mil para 15 mil) e mantê-la na liderança do segmento. Além disso, Kakinoff explica que os preços da Kombi 2006 permanecerão inalterados. Ou seja, ficarão entre R$ R$ 36.192 e R$ 43.684. A versão Total Flex estará disponível para compra a partir de janeiro do próximo ano.
MOTOR
A grande novidade da “Nova Kombi” está no motor EA-111 de 1.4 litro, 8 válvulas, “Total Flex”. Ou seja, pode ser abastecido com álcool, gasolina ou a mistura dos dois combustíveis em qualquer proporção. Essa motorização desenvolve potência máxima de 78 cavalos quando abastecida com gasolina e 80 cv com 100% de álcool, ambos a 4.800 rpm. O torque máximo é de 12,5 mkgf com gasolina e 12,7 mkgf com álcool, a 3.500 rpm. Com esse motor a Kombi atinge a velocidade máxima de 130 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 16,6 segundos (gás) e 16,1 seg (álcool).
Em razão da adoção do novo motor, a engenharia da VW precisou executar alguns ajustes mecânicos no projeto da Kombi, como revisar todo o sistema de coxinização e o sistema de escape que ganhou novo material para aumentar a sua durabilidade; as engrenagens ganharam reforços, a relação de diferencial foi alongada em 5,5% e o sistema de direção teve sua relação alterada de 20:1 para 18,2:1. A caixa de transmissão, com quatro marchas, foi mantida.
Com a chegada do propulsor EA-111 bicombustível, refrigerado a água, no dia 23 de dezembro de 2005, o motor 1.6 boxer a ar encerra sua missão entra para a história da indústria automobilística brasileira após 6.283.007 unidades fabricadas. Milhões de Fusca, Brasília, Kombi, Variant, Variant II, Sedan 1600 4p, SP1, SP2, TL, Karmann-Ghia e Karmann-Ghia TC receberam os propulsores dessa família, isso sem contar os primeiros anos de produção de Gol e Saveiro.
DESEMPENHO
Quem é que nunca teve a oportunidade de dirigir uma Kombi? Na verdade, é uma sensação ímpar andar nesse modelo. A posição que o motorista ocupa é muito diferente de qualquer outro modelo. Você se sente quase na frente, encostado no vidro dianteiro. Muito legal e divertidíssimo. E, a nova Kombi 1,4 Total Flex, não foge dessa regra. Equipada, agora, com o novo motor EA-11 1.4 litro de 8 válvulas Total Flex, a Kombi pára com aquele ruído -- para alguns e para outros uma sinfonia -- que existia internamente, sumiu. Como? Ela agora é muito silenciosa e você, digamos, até que precisa se reacostumar a dirigí-la.
Com o antigo motor 1.6 refrigerado a ar, era necessário pisar fundo no acelerador para que ele saísse da imobilidade. Agora, basta um leve toque que a Kombi já sai ganhando vida e enfrentando as dificuldades do trânsito da cidade, campo, terra, enfim, onde ela for. A "Velha Senhora" (uma homenagem dos executivos da VW para o seu mais antigo modelo fabricado) renovada se portou muito bem durante o teste em um percurso de cerca de 10 km em um condomínio fechado na cidade de São Carlos enfrentando asfalto e uma pequena estradinha de terra.
Com essa nova motorização, a Kombi 1.4 Total Flex ganhou cerca de 25% a mais de potência, quando o combustível utilizado é o álcool. Essa diferença foi facilmente sentida durante a avaliação do modelo. Segundo dados da engenharia da Volkswagen, o novo motor tem o torque máximo atingido em apenas 3.500 rpm (12,7 mkgf álcool/12,5 mkgf gasolina). Você sente mesmo que o modelo ganhou mais força!
Por ser um veículo alto (2,04 metros de altura) a Kombi deve ter um certo cuidado ao se fazer curvas com velocidades mais agressivas, pois trata-se de um modelo comercial. No resto, o modelo se comportou muitíssimo bem. Diria até que essa senhora de 57 anos de idade, agora, ganhou mais vida e tornou-se uma jovenzinha! Vale a pena! (Joca Finardi)
DIANTEIRA
Se a “Nova Kombi” chega com muitas novidades na motorização, o mesmo não se pode dizer do design externo. As linhas básicas de seu design original foram preservadas. A maior novidade está na grande grade que envolve o radiador, a mesma utilizada na versão diesel. Segundo a engenharia da VW, esta grade maior, com o símbolo da empresa ao centro, se fez necessária pela adoção do motor arrefecido à água.
De resto continua igual. Os faróis redondos com as bordas grossas foram mantidos, assim como o estreito pára-choque, afastado da carroceria, porém mais moderno por causa da pintura da mesma cor do carro. Logo acima dos faróis estão as também grandes setas de direção, ligadas por uma grade estreita. O amplo pára-brisa e a frente “esmagada”, pontos marcantes da Kombi, foram mantidos.
TRASEIRA
Olhar para a traseira da “Nova Kombi” é voltar ao passado. Não mudou em nada. Aliás, a única novidade está no logo “Total Flex” estampado no canto direito da tampa do porta-malas, localizada logo acima da tampa do motor. Uma novidade está dentro do porta-malas. Ao abrir a tampa, o proprietário encontra sob o tapete do assoalho, ao lado do estepe, uma nova abertura que proporciona alcance imediato à parte alta do motor. O porta-malas acomoda, dependendo da versão, de 877 litros a 1.000 litros de bagagem.
LATERAL
A Kombi não mudou nada também quando observada de lateral. Os vidros que oferecem boa visibilidade e luminosidade em seu interior foram mantidos (pelo menos nas versões para passageiros) e os da segunda e terceira fileiras são deslizantes. As medidas da antiga Kombi foram mantidas. Ou seja, mede 4,50 metros de comprimento, 1,72 metros de largura e 2,04 metros de altura. Conta com rodas 5,5J x 14 e pneus 185/80 R 14.
Por conta do motor arrefecido a água, se fez necessária a colocação de um bocal externo para o abastecimento de gasolina do reservatório de partida a frio (recurso que existia no motor a ar movido a álcool. Essa tampa fica na lateral esquerda, próxima ao pára-lama traseiro do veículo. O bocal do tanque de combustível, permanece na lateral direita da Kombi.
INTERIOR
Não dá para esperar luxo no interior da Kombi, até porque o modelo é indicado para carga e passageiros. São quatro versões: Standard (9 passageiros), Furgão (2 ou 3 passageiros), Lotação (12 passageiros) e Escolar (15 passageiros). Apenas praticidade e espaço para os passageiros. Afinal trata-se de uma van para carga e transporte de pessoas. O acabamento interno é em vinil multicolor cinza e entre os equipamentos de série há janelas intermediárias e laterais traseiras deslizantes. O desembaçador traseiro faz parte da lista de opcionais. Atente para o estofamento dos bancos.
PAINEL
A maior novidade do interior da “Nova Kombi” está no painel, que chega renovado. Ela ganhou um novo quadro de instrumentos com mostradores agrupados em um único módulo. Ele permite melhor visualização de velocímetro, que possui novo grafismo (iluminação em vermelho e números de escala brancos).
Ao lado dele, há o marcador do nível do tanque de combustível e um total de cinco luzes de advertência. São as seguintes: baixo nível de gasolina no reservatório de partida a frio, EPC (dispositivo que monitora o bom funcionamento do E-Gas, ou acelerador “inteligente”), imobilizador eletrônico, alta temperatura do líquido de arrefecimento e baixo nível do líquido de arrefecimento. O painel fica completo com o relógio digital e hodômetros parcial e totalizador, também digitais.
FICHA TÉCNICA
Motor: EA-111 1.4 litro Total Flex, bicombustível (ácool/gasolina), 8 vávulas, traseiro, quatro cilindros
Cilindrada total: 1.390 cm3
Número de Cilindros: 4
Potência máxima: 78 cv (gasolina)/80 cv (álcool) a 4.800 rpm
Torque máximo: 12,5 mkgf(gasolina)/ 12,7 mkgf (álcool) a 3.500 rpm
Taxa de compressão: 11,0:1
Transmissão: manual de quatro velocidades, mais ré
Tração: traseira
Suspensão dianteira: Independente, braço duplo logitudinal, barra de torção, barra estabilizadora
Suspensão traseira: Independente, braço transversal e longitudinal, braço de troção
Direção: mecânica, pinhão e cremalheira
Freios: Disco (dianteiro) e tambor (traseiro)
Embreagem: Sachs, monodisco a seco, revestimento orgânico, acionamento Push type, diâmetro 430 mm
Rodas: Aço estampado, 5,5J x 14
Pneus: 195/80 R14
Dimensões/Pesos/Capacidades:
Comprimento: 4,51 metros
Largura: 1,72 metros
Altura: 2,04 metros
Distância entre-eixos: 2,40 metros
Peso em ordem de marcha: 1.297 kg
Carga últil: 1.000 kg
Tanque de combustível: 40 litros
Desempenho:
Velocidade máxima: 130 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h: 16,6 s (gasolina)/16,1 s (álcool)
* Texto: Célia Murgel/Fotos: Ricardo Hirae
11 comentários:
O endereço
"Direção: mecânica, Pinhão e cremalheira"
Não é o clássico worm de kombis anterior?
Será que realmente mudaram, ou é um erro na documentação?
TEM JEITO DE COLOCAR UM RELOGIO DE MARCADOR DE TEMPERATURA, COMO COLOCAR ??????
Sou facinado por Kombis, essas kombis são um charme só, nossa empresa faz kombis customizadas para diversos tipos de uso, confira:
www.rmkombis.com.br/kombis-customizadas
Já que foram desenvolvidos vários itens que transformam a nova Kombi a veículo similar e moderno aos de hoje em dia.porque desenvolver uma melhor condição de visualização no painel a respeito da marcação de sua temperatura de motor.ja que por sua vez é mito a Kombi apresentar problemas de aquecimento uma observação de alerta.
Pois acho na minha opinião que o motorista fica totalmente as cegas na estrada sobre a marcação de temperatura.diferente dos demais veículos que possuem uma marcação mais precisa.fica a dica.
Barra de torcao nova e antiga sao as mesmas
Boa tarde, tenho uma Kombi 2013 e o hodômetro dela está ruim, já procurei por tudo um paneil novo e não encontro, alguea pode me ajudar,já escutei falar em adaptação do painel do fox, preciso dar um.jeito de arrumar para poder transferir. Obrigado
Boa tarde, tenho uma Kombi 2013 e o hodômetro dela está ruim, já procurei por tudo um paneil novo e não encontro, alguea pode me ajudar,já escutei falar em adaptação do painel do fox, preciso dar um.jeito de arrumar para poder transferir. Obrigado
Eu gosto muito de kombi ja estou na terceira se voltace compraria dinovo
Falou a focha tecnica , mas não especificou o consumo que é muito alto,além da carroceria ser bem mais pesada o câmbio de 4 marchas ajuda muito no consumo exagerado das kombis não passa dos 5.7 na gasolina e 4.8 no álcool,acredito que co. Um câmbio de 5 marchas ajudaria muito pra baixar o consumo além de um sistema de injeção eletrônica mais atualizado
qual capacidade reservatorio da partida fria?
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