quinta-feira, 11 de setembro de 2008

>>> VW VANAGON

Vanagon: A Continuação De Um Legado
A primeira vez que o público conheceu a sucessora da KOMBI, foi num artigo de uma tradicional revista alemã, em novembro de 1978, que dizia o seguinte: “The VW Bus (KOMBI), fabricada por 25 anos, e carinhosamente apelidada pelo público de “Bulli” (pequeno touro, em alemão), será substituída no próximo ano por um veículo mais moderno.” A matéria chamou a atenção dos aficcionados pelo automóvel, o que gerou muita especulação de como seria o novo modelo. Segundo a revista, receberia um novo design, com linhas mais fortes e mais espaço interno, com duas opções de motorização: o já popular refrigerado à ar e um mais moderno, refrigerado à água.


Em 1979, a primeira VANAGON (junção das palavras VAN e STATION-WAGON) deixava a fábrica de Hannover, na Alemanha, e logo ganhou o público, pois a Volkswagen teve a brilhante idéia de não descaracterizar o desenho, e sim modernizar o veículo, sem que isto tirasse o brilho do projeto inicial.

Pequenos defeitos da KOMBI foram sanados neste projeto, principalmente a segurança, um dos pontos mais fracos da nossa velha conhecida. Dentre elas, barras de proteção laterais (inclusive na parte traseira) e uma barra especial de proteção para o motorista e passageiro, fixada por dentro da carroceria, na parte dianteira, aproveitando o espaço deixado pelo painel com mais profundidade. Vários crash-testes foram feitos e aprovados (na época), o que deu mais segurança aos consumidores.

Dentre as opções de motorização, confirmando em parte os dados publicados na revista mencionada no início da matéria, foram colocadas à disposição dos clientes uma versão de 1.6 litros com 50cv e outra de 2.0 litros com 70cv, refrigerados à ar. E assim como a KOMBI, teve já no início, os modelos Multi-Van, Camper e Mini-Bus.

No ano seguinte, em 1980, a versão mais luxuosa contava com um motor de 2.0 litros, refrigerado à ar, com 4 cilindros e injeção eletrônica gerando 68 cv, mais transmissão manual de 4 velocidades. Em 1981, foi introduzido o motor à diesel, de 1.6 litros e 50 cv. No ano seguinte foi a vez do motor Boxer refrigerado à água com 78cv. Em 1982 era colocado como opcional a transmissão automática de 3 velocidades e teto solar panorâmico.

Em 1985, a VW fez as primeiras modificações significativas no modelo, introduzindo um motor turbo-diesel de 2.1 litros com injeção direta de combustível e 95 cv, juntamente com mudanças externas, sendo a mais visível a troca do conjunto de faróis, substituindo os redondos por quatro quadriculados, ao estilo do Passat brasileiro. Neste mesmo ano, foi lançada a versão 4x4, denominada “Synchro”, projetada e construída pela VW na Áustria, em parceria com a Steyr, Daimler and Puch Co., sendo o modelo TriStar, de cabine dupla o top-de-linha.

Com o sucesso de vendas vieram as mais variadas versões e séries especiais, como a Multi-Van Magnum, a White Star, a Blue Star, a Last Limited Edition, Camper Joker, e a mais rara de todas, a versão denominada Westfalia Atlantic, com muitos acessórios e um pacote extenso de opcionais. Todas estas versões eram oferecidas somente na Europa. Nos EUA, as mais conhecidas são: Wolfsburg Edition, Carat, Weekender e GL Camper, mas muitos acessórios encontrados nas versões européias foram vendidos como opcionais nos EUA, como as versões da GL, que contavam com vidros, travas e retrovisores elétricos, computador de bordo, ar-condicionado, rodas de liga-leve e outros acessórios externos.


No ano de 1991, depois de mais de 10 anos e somente com pequenas alterações no visual e melhorias mecânicas, a VW decide que era hora de aposentar a VANAGON, junto com o motor traseiro, devido às novas leis na Europa e mudanças no mercado, partindo para um novo projeto, o que no ano seguinte, já estava devidamente concluído. O modelo Synchro ainda foi produzido por encomenda até 1992, quando a última unidade saiu da fábrica austríaca, deixando apenas a África do Sul como único país a produzir a VANAGON no mundo, somente substituindo o motor por outros mais modernos, mas mesmo assim, encerrando a produção em 2002.

A nova “VANAGON” agora era chamada de T4 ou Eurovan, chegava com uma concepção diferente, já mais próximo do que temos hoje circulando nas ruas, com motor dianteiro e muito espaço, com acabamentos de luxo ou simplesmente furgões para o trabalho, já que a época “romântica” da KOMBI ou mesmo da VANAGON, havia sido deixada para trás, somente nas lembranças daqueles que se aventuraram em muitos lugares, à bordo de um destes magníficos veículos.

3 comentários:

Anônimo disse...

Otima materia. Uma van que nunca ouvi falar antes.

Carlosxmartins disse...

Ede novo o Brasil ficou prá tras!

Anônimo disse...

A Eurovan é 4x4?