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Primeiro Ônibus Faz 100 Anos

No dia 11 de agosto de 1908, a Praça Mauá foi o ponto de partida da primeira linha regular de ônibus do Brasil. Cem anos depois, a tradicional área do Centro do Rio será palco, nesta segunda-feira, do início das comemorações do centenário desse serviço, que começou transportando poucas pessoas e, atualmente, é responsável pelo deslocamento de aproximadamente cinco milhões de passageiros por dia, no estado, como informa reportagem publicada pelo jornal O Globo neste domingo (acesso à íntegra somente para assinantes) . Com a expansão do sistema, que hoje reúne 18.300 ônibus, as empresas do setor foram obrigadas a modernizar sua frota. Parte dela está monitorada por GPS, um serviço de localização por satélite que, num futuro não muito distante, poderá permitir ao passageiro receber, por celular, informações sobre os horários dos ônibus. Para quem costuma esperar horas no ponto, a esperança é que a novidade não demore mais cem anos para ser posta em prática.


Quem desembarcar nesta segunda na Praça Mauá, a partir das 10h, vai participar de uma festa com direito a bolo, chorinho e foto ao lado de uma réplica do primeiro coletivo movido a combustível usado no país, um modelo Daimler, de fabricação alemã. À noite, as comemorações prosseguem com o lançamento de um selo comemorativo dos Correios e de um RioCard especial, no valor de R$ 80 (o primeiro modelo lançado custa R$ 40). Será anunciada, também, a criação da Universidade Corporativa do Transporte (UCT), que oferecerá cursos desde o nível técnico até pós-graduações, para melhorar a formação de quem atua no setor, que emprega cem mil pessoas.

Apesar de o investimento em qualidade e em tecnologia serem o melhor caminho para o transporte coletivo, especialistas dizem que os governos ainda estão na contramão do destino, pois não aproveitam plenamente os resultados do investimento privado para pensar em políticas de transporte mais eficientes. Professor do Programa de Engenharia de Transporte da Coppe/UFRJ, Ronaldo Balassiano lembra que as empresas já usam o GPS para obter informações, usadas para otimizar linhas, controlar número de passageiros, de combustível e, conseqüentemente, conter gastos.

Segundo o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, o estado está, sim, mobilizado para monitorar toda a frota. Ele lembra que existe um acordo entre a prefeitura e os governos do estado e federal nesse sentido:

- O GPS e o monitoramento fazem parte de um conjunto maior de ações que viabilizarão o BRT (Bus Rapid Transport), um sistema que metroriza o ônibus, permite a precisão do horário de saída, da rota, de tempo de viagem. Estamos estudando e a previsão é de que tenhamos tudo acertado até o fim de 2010.

* notícia publicada em 09/08/2008 - jornal O Globo Online